As cerâmicas são materiais inorgânicos e não metálicos, constituídas de elementos metálicos e não-metálicos. São utilizadas desde a Pré-história, no período neolítico, devido ao seu processo simples de produção e vasta aplicação. A cerâmica é geralmente obtida por meio de tratamentos térmicos em temperaturas elevadas, daí o seu nome: “cerâmica” deriva do grego keramus que significa “argila queimada”.

São propriedades gerais da cerâmica: sua resistência mecânica aumenta quando o produto é aquecido em altas temperaturas; alta dureza; alta fragilidade; estrutura cristalina complexa; elevado ponto de fusão; bom isolante térmico e elétrico; matéria prima de custo relativamente baixo. As propriedades dos materiais cerâmicos variam em função de suas ligações químicas.

De modo geral os materiais cerâmicos são divididos em dois grupos: 1) cerâmicas tradicionais, constituídas basicamente de argilas com outros óxidos, sílica, ou feldspato, estão presentes em louças, azulejos, produtos com argilas e refratários. Geralmente, as matérias primas das cerâmicas tradicionais não passam por processos de reações químicas e, portanto, são consideradas matérias primas naturais; e 2) cerâmicas avançadas, constituídas basicamente de óxidos, carbetos e nitretos, são utilizadas em produtos elétricos, eletrônicos, ópticos e magnéticos. As cerâmicas avançadas são obtidas por meio de reações químicas e são, por isso, consideradas matérias primas sintéticas.

Percebemos, assim, que a variedade de propriedades mecânicas e físicas da cerâmica permite aplicações em campos distintos, desde tijolos e louças até dispositivos eletrônicos e componentes aeroespaciais.